São Paulo sofre além do necessário, mas avança nos pênaltis na Libertadores

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O São Paulo na Libertadores viveu uma noite de drama no Morumbis, mas saiu de campo com a classificação para as quartas de final. O Tricolor abriu o placar logo nos minutos iniciais contra o Atlético Nacional, repetindo o sonho de qualquer torcedor: pressão, gol rápido e vantagem no agregado. Contudo, após o gol de André Silva, o time parou de jogar e viu a vaga se transformar em sofrimento até a decisão nos pênaltis.

Início promissor e queda de rendimento

Depois do empate sem gols na Colômbia, o São Paulo entrou em campo determinado a resolver cedo. Em apenas dois minutos, André Silva balançou as redes e deu ao time a tranquilidade necessária. No entanto, a postura adotada após o gol deixou a desejar.

Em vez de administrar a posse de bola e tentar ampliar gradualmente a vantagem, a equipe treinada por Hernán Crespo apostou em acelerar jogadas isoladas. A estratégia não funcionou. O Atlético Nacional cresceu na partida, aproveitando-se da falta de organização do Tricolor.

O ataque perdeu força

Com a vantagem no placar, o São Paulo deveria cadenciar o jogo. Ainda assim, insistiu em transições rápidas e pouco organizadas. André Silva, autor do gol, ficou isolado na frente. Ele ainda conseguiu segurar algumas bolas difíceis e fez bem o pivô, mas recebeu pouco apoio. Luciano, sua principal dupla ofensiva, foi pouco acionado e praticamente não conseguiu participar.

O primeiro tempo terminou com a impressão de que o São Paulo poderia ter resolvido a classificação cedo, mas preferiu correr riscos desnecessários.

Substituições ineficazes

Na etapa final, as mudanças de Crespo não surtiram efeito. A entrada de Lucas no lugar de Rodriguinho deu mais velocidade, mas desestruturou o meio de campo. O resultado foi um time com corredores abertos, porém sem conexão entre defesa e ataque.

O Atlético Nacional, percebendo as fragilidades, intensificou a pressão. A consequência veio em forma de um pênalti cometido por Enzo Díaz, que tentou desarmar Morelos de maneira precipitada. Sabino já marcava o colombiano, mas a falha de posicionamento abriu espaço para a falta. O gol de empate trouxe novamente o fantasma da eliminação ao Morumbis.

Drama até o fim

Mesmo com um jogador a mais, após a expulsão de Cardona, o São Paulo não conseguiu mostrar superioridade absoluta. Lucas, Luciano e Ferreira tentaram construir jogadas, mas a falta de presença no meio de campo e a dificuldade em usar os lados do campo travaram a produção ofensiva.

O Atlético Nacional, naturalmente, recuou para se proteger. Ainda assim, o São Paulo não teve força suficiente para evitar os pênaltis.

Rafael, o herói da classificação

Nas penalidades, o cenário mudou. Com 57.461 torcedores empurrando das arquibancadas, Rafael brilhou novamente. O goleiro defendeu uma cobrança decisiva, garantindo o triunfo por 4 a 3 e colocando o Tricolor nas quartas de final.

Vale lembrar que Rafael já havia defendido um pênalti no jogo de ida, na Colômbia. Assim, consolidou-se como o grande herói da classificação. Em uma noite de futebol pobre em criação, o goleiro se tornou símbolo da eficiência que faltou ao time de linha.

O que fica da partida

O São Paulo na Libertadores segue vivo, mas a atuação no Morumbis acendeu alertas. O time mostrou falta de consistência tática, pouca organização ofensiva e dificuldade para controlar a posse após abrir vantagem. Hernán Crespo terá de corrigir esses problemas se quiser avançar ainda mais no torneio.

Apesar das falhas, a classificação foi comemorada com intensidade. O torcedor reconhece que Libertadores também se vence na base do sofrimento. No fim, prevaleceu a resiliência de uma equipe que, mesmo aquém tecnicamente, contou com a estrela de Rafael para seguir adiante.

Conclusão

O São Paulo na Libertadores experimentou uma noite típica do torneio continental: tensão, erros, sofrimento e heroísmo. O gol inicial não bastou para dar tranquilidade, mas a eficiência de Rafael nos momentos decisivos garantiu o objetivo principal. Agora, nas quartas de final, o Tricolor terá de evoluir para transformar drama em confiança e buscar voos mais altos na competição.

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