O Fluminense na Sul-Americana viveu uma noite memorável no Maracanã. A vitória tranquila por 2 a 0 sobre o América de Cali confirmou a classificação para as quartas de final do torneio, com placar agregado de 4 a 1. Mais do que a vaga, o jogo ficou marcado pelo feito histórico do goleiro Fábio, que chegou a 1.391 partidas oficiais, tornando-se o jogador com mais jogos na história do futebol mundial.
Uma noite para celebrar
Renato Gaúcho montou um time competitivo e manteve a mesma formação utilizada no jogo de ida, na Colômbia, quando o Tricolor venceu por 2 a 1. No Maracanã, a equipe mostrou maturidade. Logo no primeiro tempo, Serna abriu o placar em jogada iniciada por um lançamento de Hércules. O colombiano cortou para dentro e bateu rasteiro, sem chances para o goleiro Soto.
Mais do que o resultado, o jogo foi a consagração de um elenco que, apesar de oscilar em posse de bola, soube ser letal quando precisou. Assim, os mais de 30 mil torcedores que compareceram ao estádio viram uma atuação sólida, que garantiu tranquilidade do início ao fim.
Meio-campo soberano
O setor de meio-campo, frequentemente criticado, foi o grande destaque. Martinelli e Hércules dominaram as ações, ditando o ritmo da partida e dando equilíbrio entre marcação e construção. Martinelli, além de marcar o segundo gol, apareceu bem ofensivamente, criando chances e dando apoio constante. Hércules, por sua vez, distribuiu o jogo com qualidade e ainda contribuiu com uma assistência.
Essa solidez permitiu ao Flu explorar melhor os lados do campo. Canobbio e Samuel foram ativos desde os minutos iniciais, criando duas boas oportunidades antes mesmo dos cinco minutos. Embora o América de Cali tenha tentado reagir com bolas longas e velocidade de Barrios, pecou nas decisões finais e não conseguiu ameaçar de fato.
A segurança de Fábio
Se havia expectativa em torno de um possível teste para Fábio, a realidade foi diferente. O goleiro quase não trabalhou. No primeiro tempo, defendeu apenas um chute de média distância e, no restante do jogo, observou a equipe controlar os riscos com eficiência. Para um jogador que acabara de alcançar um recorde mundial, a noite foi perfeita: histórica e tranquila.
Controle e contra-ataque no segundo tempo
Renato Gaúcho voltou sem alterações, mas com postura diferente. O Fluminense passou a conceder mais posse ao América, que precisava de dois gols para sonhar com a classificação. Contudo, a estratégia estava clara: recuperar a bola no campo ofensivo e acelerar em contra-ataques.
Foi exatamente dessa forma que nasceu o segundo gol. Canobbio pressionou a saída adversária, recuperou a bola, venceu o marcador e encontrou Martinelli infiltrando. O volante bateu firme e decretou o 2 a 0, liquidando a eliminatória.
Os minutos finais foram de domínio tricolor. Serna e John Kennedy ainda tiveram oportunidades de ampliar, mas o placar permaneceu inalterado. Mesmo assim, o time mostrou maturidade para controlar a vantagem até o apito final.
Invencibilidade e fôlego em três frentes
A vitória ampliou a série invicta do Fluminense, que chegou a sete jogos sem derrota. O Tricolor segue vivo em três competições: quartas da Copa do Brasil, quartas da Sul-Americana e com recuperação no Brasileirão, aproximando-se da parte de cima da tabela.
O time que surpreendeu o mundo ao chegar à semifinal do Mundial de Clubes mostra agora consistência para brigar em todas as frentes. No entanto, o desafio será sustentar o ritmo em meio à maratona de jogos que vem pela frente. Para Renato Gaúcho, administrar elenco e energias será fundamental para manter o Flu competitivo até o fim da temporada.
Conclusão
A classificação do Fluminense na Sul-Americana foi marcada por eficiência, equilíbrio e pela celebração de Fábio, agora o jogador com mais partidas na história do futebol. Com um elenco sólido e uma estratégia bem executada, o Tricolor deixou para trás um adversário que já havia eliminado Corinthians e Bahia, e reafirmou sua força em mata-mata.
Assim, a torcida tricolor pode sonhar com títulos. Afinal, o time mostrou que, mesmo em noites de pressão, tem qualidade suficiente para seguir avançando e mantendo a esperança de levantar ao menos um troféu em 2025.
