Flamengo foi eliminado nos pênaltis pelo Atlético-MG. Na Arena MRV, em Belo Horizonte, que foi o palco de um dos confrontos mais aguardados da Copa do Brasil de 2025: o reencontro entre Flamengo e Atlético-MG pelas oitavas de final. O jogo da volta, que aconteceu no dia 6 de agosto, carregava uma enorme carga emocional e estratégica. Após a derrota por 1 a 0 no jogo de ida, no Maracanã, o Flamengo, comandado pelo técnico Filipe Luís, sabia que sua única chance de evitar a eliminação no tempo regulamentar era conseguir uma vitória simples para levar a decisão para as penalidades máximas. E foi exatamente isso que aconteceu, mas o desfecho não foi o esperado para a numerosa e apaixonada torcida rubro-negra.
O Jogo de Ida e a Necessidade da Vitória
A pressão era imensa sobre o time carioca. Chegar à capital mineira com a desvantagem de um gol exigia uma atuação perfeita, tanto taticamente quanto emocionalmente. A estratégia do técnico Filipe Luís foi clara desde o apito inicial: controlar o meio-campo para evitar que o Atlético-MG se sentisse à vontade jogando em casa e, ao mesmo tempo, explorar a velocidade e a técnica de seus atacantes. O time, com algumas modificações em relação à escalação que vinha atuando no Campeonato Brasileiro, entrou em campo focado e com um claro objetivo: não sofrer gols e marcar o seu para igualar o placar agregado.
A intensidade do Flamengo nos primeiros minutos foi alta, com a equipe se impondo e buscando criar oportunidades. O Atlético-MG, por sua vez, tentava neutralizar as investidas rubro-negras e se valer da força de sua torcida para pressionar o adversário. O jogo era um verdadeiro duelo de estratégias, onde cada posse de bola e cada disputa no meio-campo eram travadas com uma intensidade digna de um mata-mata. A defesa rubro-negra, comandada por Léo Pereira, precisou de atenção redobrada para conter as investidas do ataque do Galo, que buscava explorar as pontas e as jogadas aéreas.
O Gol de Everton Cebolinha e a Pressão no Galo
O esforço inicial do Flamengo foi recompensado. Aos 20 minutos do primeiro tempo, o talentoso Everton Cebolinha recebeu um passe preciso no lado esquerdo do ataque, driblou o defensor com maestria e, com um chute colocado, mandou a bola para o fundo das redes. O gol igualou o placar agregado e jogou toda a pressão para o lado do Galo, que, mesmo jogando em casa e com o apoio de sua torcida fervorosa, viu a vantagem construída no Maracanã ser desfeita.
A partir do gol, o jogo se transformou. O Atlético-MG, empurrado por seus torcedores, tentou uma reação imediata, mas a defesa do Flamengo se mostrou sólida, evitando que a equipe mineira conseguisse o empate ainda na primeira etapa. O goleiro Rossi teve que fazer algumas defesas importantes, mas o time carioca conseguiu segurar a pressão até o intervalo.
No segundo tempo, o jogo se tornou mais equilibrado e com chances para ambos os lados. O Atlético-MG, com a entrada de novas peças no ataque, como por exemplo, um meia de ligação mais criativo, pressionou em busca do gol da vitória que evitaria a dramática decisão por pênaltis. Em uma dessas jogadas, a defesa do Flamengo teve que se desdobrar para evitar o empate, com o goleiro Rossi fazendo defesas importantes que mantiveram o placar inalterado. O Flamengo, por sua vez, tentava explorar os contra-ataques, usando a velocidade de seus pontas para surpreender a defesa atleticana. No entanto, o time não conseguiu converter as poucas oportunidades criadas. A partida se arrastou com o placar de 1 a 0 até o apito final, confirmando a previsão de muitos analistas esportivos de que a decisão seria levada para as penalidades máximas.
Os Pênaltis e a Estrela de Everson
Nos pênaltis, a tensão foi máxima, e o Maracanã se encheu de uma expectativa frenética. O Galo começou perdendo sua primeira cobrança, mas a estrela do goleiro atleticano Everson brilhou intensamente, consolidando-o como o herói da noite. Everson defendeu o chute de Samuel Lino e viu, em seguida, o garoto Wallace Yan isolar a bola na última tentativa do Flamengo. A decepção rubro-negra foi enorme, especialmente para o jovem atacante que, apesar do erro, vinha mostrando bom desempenho.
A consagração de Everson veio com a última cobrança. O próprio goleiro do Atlético-MG foi o responsável por converter a cobrança que selou a vitória por 4 a 3 nas penalidades e a classificação para as quartas de final, eliminando o Flamengo da competição. A queda precoce da equipe, que lidera o Campeonato Brasileiro e segue viva na Libertadores, surpreendeu a todos e gerou intensas discussões na mídia esportiva, com o GE destacando a atuação heroica de Everson e a decepção rubro-negra. Agora, o Flamengo terá que focar seus esforços nas outras duas competições que disputa, com a certeza de que a Copa do Brasil de 2025 foi uma oportunidade perdida, uma cicatriz na temporada de 2025 que ficará marcada na memória dos torcedores. O sonho do bicampeonato consecutivo da Copa do Brasil foi adiado, e o time precisa se reerguer rapidamente para não comprometer o restante da temporada.
