A Polícia Federal indiciou, nesta quarta-feira (20), o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A decisão está relacionada às investigações sobre a atuação de Eduardo nos Estados Unidos, onde o parlamentar buscava apoio político e articulava sanções contra autoridades brasileiras. Assim, segundo os investigadores, tais ações configuram tentativa de coação e obstrução da justiça.
Como começou a investigação
O inquérito foi instaurado em maio pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que já apontava indícios de condutas irregulares.
Desde então, a apuração ganhou força. Além disso, as informações reunidas mostraram que Eduardo buscava apoio de aliados estrangeiros, incluindo figuras ligadas a Donald Trump. A intenção, conforme a PF, era influenciar decisões do STF em meio ao julgamento da trama golpista.
Crimes apontados pela PGR
A Procuradoria-Geral da República listou três crimes principais:
-
Obstrução de Justiça: tentativas de atrasar ou prejudicar o andamento de processos em curso.
-
Coação no curso do processo: pressões sobre autoridades e testemunhas.
-
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito: medidas que poderiam comprometer a independência institucional brasileira.
Portanto, com o indiciamento da PF, caberá agora à PGR analisar se existem elementos suficientes para transformar as acusações em denúncia formal.
Prisão domiciliar de Bolsonaro e restrições a Eduardo
Desde 4 de agosto, Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por decisão de Moraes. Essa medida foi adotada porque, segundo o STF, o ex-presidente descumpriu determinações anteriores.
Entre as restrições, está a proibição de contato direto com Eduardo Bolsonaro. Além disso, Moraes determinou o bloqueio das contas bancárias do deputado e de sua esposa, Heloísa, como forma de evitar movimentações financeiras suspeitas.
Eduardo Bolsonaro e o risco de perder o mandato
O afastamento de Eduardo da Câmara tem gerado debate sobre uma possível cassação. Com o fim de sua licença em julho, ele passou a acumular faltas e pode atingir o limite previsto no regimento.
Por outro lado, aliados na presidência da Câmara têm sinalizado que a contagem pode ser adiada para o próximo ano. Dessa forma, Eduardo ganharia tempo para reorganizar sua estratégia política e tentar se defender no Legislativo.
Reação da opinião pública
A repercussão do caso foi imediata. De acordo com pesquisa Genial/Quaest, sete em cada dez brasileiros avaliam que Eduardo age em benefício próprio e da família.
Nesse sentido, a percepção pública mostra que sua atuação nos EUA enfraqueceu ainda mais sua imagem política no Brasil.
Conexões com a trama golpista
O indiciamento não ocorre de forma isolada. Pelo contrário, ele se soma a outros processos nos quais Jair Bolsonaro já aparece como réu. Entre eles estão a ação penal da trama golpista, os inquéritos das fake news e das chamadas “milícias digitais”.
👉 Leia também: Mensagens de Eduardo e Malafaia para salvar Bolsonaro.

Conclusão
O indiciamento de Jair e Eduardo Bolsonaro representa um divisor de águas. Dessa forma, o episódio reforça o cerco jurídico contra o ex-presidente e expõe ainda mais a atuação internacional de Eduardo.
Enfim, com a PGR avaliando uma denúncia formal e o STF prestes a julgar casos importantes, os próximos meses prometem definir não apenas o destino jurídico, mas também o futuro político da família Bolsonaro.
Na sua opinião, o indiciamento de Jair e Eduardo Bolsonaro muda o cenário para 2026? Deixe seu comentário abaixo.
Fique ligado no blog para análises e atualizações sobre o cenário político.
